Uma das marcas da adolescência é a busca de si, o deparar-se com os novos desafios e mudanças que marcam a passagem da infância à idade adulta.
As transformações constantes ao longo de nossas vidas permitem que nos interroguemos sobre o mundo
Nesta fase, também, nos preocupamos com as mudanças do corpo como: peso, acne, estatura, aspecto dos genitais e com a nossa própria forma de pensar que muitas vezes nos surpreendem. Compramos brigas, que no momento seguinte perdem o sentido, tem hora que a solidão nos derruba ou nos sentimos o maioral do grupo, choramos e rimos sem saber exatamente porquê... O primeiro beijo, a primeira transa, um piercing, uma tatuagem, uma viagem sem os pais são maneira de nos conhecermos e experimentarmos nossa própria sexualidade.
Este é também o momento da busca de autonomia, de flutuar entre a necessidade de independência e a vontade de proteção. É quando conhecemos a paixão e o verdadeiro significado da amizade.
Queremos nos sentir amados e valorizados pelo que somos, por isso buscamos os diversos grupos de convivência, onde prevalece um sentimento de igualdade e irmandade. São as afinidades que criam história, objetivos e sonhos, possibilitando um sentimento de pertencimento. Grafiteiros, Rappers ou Skatististas são alguns grupos que permitem a construção de modelos diferentes do familiar, abrindo caminho para uma identidade própria. Compartilhar os medos, frustrações e inseguranças dá força e auxilia nas escolhas que vão sendo feitas no decorrer da vida: profissão, amor e tantas outras...
A luta para que o diálogo aconteça em todas as nossas relações é fundamental, pois é a chance de conseguirmos falar sobre o que nos incomoda, formarmos nossas opiniões e sermos respeitados por aquilo que acreditamos. Essa época é uma travessia: em que você se dará conta de que as dificuldades estão ali para serem vividas e compreendidas, assim como descobrirá a cada nova vivência algo de bom e prazeroso.
Paula Sálvia Trindade
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