Pesquisar este blog

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Auto-estima: um olhar sobre nós


O tema da auto-estima é bastante atual e complexo. “Ela pode ser definida como um sentimento valorativo de nosso ser, de quem somos, do conjunto de marcas corporais, mentais e espirituais que formam nossa personalidade. A auto-estima envolve o que se pensa de si, os sentimentos que essas opiniões despertam e seus reflexos nos relacionamentos afetivos, sociais e profissionais. Trata-se não só de um olhar que lançamos sobre nós mesmos, mas das implicações desse juízo sobre a vida cotidiana”.A auto-estima já está sendo constituída a partir do momento em que um filho é esperado. Toda criança ao nascer é banhada por vários olhares e desejos, que vão anunciando o que os pais esperam dela. Assim, ao se contemplar no espelho, o bebê não verá o simples reflexo físico de uma imagem, mas tudo o que esses olhares depositaram no seu corpo. 

O bebê vai crescer e formar sua personalidade dentro de um ambiente familiar, que é o principal fator de influência sobre sua auto-estima. A família, porém incorpora os valores, regras e costumes incutidos pela sociedade e pela cultura em que se encontra inserida. A auto-estima está intimamente relacionada a imagem que temos de nós mesmos. Para compreender a relação que uma pessoa estabelece com sua própria imagem é importante saber qual aspecto de sua vida é destacado com mais valor. Dependendo da história de cada um e das influências familiares, sociais e culturais alguns superestimam a aparência física, outros enfatizam o êxito escolar, profissional, as aptidões esportivas.Atualmente vivemos em uma sociedade na qual os valores considerados como melhores são dinheiro, sucesso, poder de compra. As pessoas devem se sentir sempre felizes, satisfeitas, exibir um corpo perfeito, mostrar que alcançaram êxito nas diversas esferas da vida. O TER ocupou o lugar do SER. As conseqüências imediatas destes novos tempos são seres humanos solitários, perdidos, sem referenciais que os norteiem. 

Não há lugar para a tristeza, luto, angústia e sofrimentos de modo geral. E a auto-estima, o que tem a ver com tudo isso? Á medida que pensamos que devemos corresponder a essa demanda do TER, perdemos o elo conosco, com aquilo que julgamos realmente importante e assim, nossa auto-estima se empobrece porque carece de nosso SER.O cotidiano, entretanto, é uma excelente “escola” para exercitarmos e tentarmos equilibrar nossa auto-estima.  Para conseguirmos este objetivo é fundamental conhecer e acolher os próprios desejos e limitações. Os sentimentos que emergem frente às experiências que vivemos são essenciais, para que possamos saber de nós e de como lidamos com as dificuldades, assim nossa tristeza, raiva, frustração e insatisfações não devem ser negadas, mas sim compreendidas e transformadas em “lições” que nos tornarão um pouco mais sábios em nossa forma de olhar a nos mesmos e aos que nos cercam. E vale lembrar uma frase sábia e preciosa para finalizar:“Um erro grave é tanto se julgar mais do que se é, quanto se estimar menos do que se merece”.

Por Neide Barreira Alonso

Nenhum comentário:

Postar um comentário